Encontro com as pessoas da comunidade |
Casas do vilarejo |
Falaram das dificuldades financeiras após uma queda no preço do algodão, já que a renda da comunidade é basicamente agrícola, e de um tipo de farinha que produzem de um fruto de algumas árvores da região (juro que escrevi o nome em algum lugar, mas não consigo encontrar). E aí fiz a pergunta da rotina, e muito surpresa, me perguntei como as mulheres conseguem trabalhar tanto...Cuidar da casa, dos filhos, sair para o campo, vender algo que conseguiram produzir na feira e por aí vai. O detalhe é que gastam cerca de seis horas por dia apenas para conseguir água para os afazeres domésticos e para o cultivo. Falaram que se não tivessem que procurar agua, a vida talvez seria mais fácil...Não esqueçam da média de 6,4 filhos por mulher que é a taxa de fecundidade do Mali!!!!!! E ainda soube um dia desses que se alguma criança nao vai bem de alguma forma (ou jovem, ou adulto), é a mãe a única culpada por ter falhado na sua educaçao.
Centro de saúde da comunidade |
Entrei no assunto de saúde materna, e lá se foi mais aprendizado e, claro, que também ouvi a confirmaçao de muitos dos problemas já diagnosticados por mim...Baixo número de partos hospitalares e consultas de pré-natal ( com o claro argumento dos preços altos dos mesmos, algo que quase nunca podem pagar) e até chegamos no ponto da estrutura do centro de saúde. Falaram muitos minutos da sala em que fazem as consultas de pré-natal e planejamento familiar, bem ao lado de outra pequena sala onde outras mulheres estão em trabalho de parto. Querem o mínimo de privacidade (para ambas as partes), dignidade, conforto, e respeito!!! Concordo...
As vezes mesmo tão longe do Brasil vejo o quanto as mulheres estão ainda subemtidas a tantas condiçoes de opressão semelhantes. E um viva para as nossas borboletas!!!
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