quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Soutrama

Quem acompanhou os meus poucos momentos de preocupação antes de mudar para o Mali deve ter ouvido falar de " soutrama", o típico transporte público daqui...Como uma van verde, na maioria das vezes sem portas, janelas, e sempre lotado de pessoas, eu desisti de andar em uma desde a primeira semana que cheguei. Foi um dos motivos que me esforcei para  achar um local próximo ao trabalho, assim poderia ir a pé...Tem o calor, o trânsito caótico, e a falta de fiscalização das soutramas, me fez pensar duas vezes, afinal, arriscar a vida para que??? (muitos risos). Então tenho que registar aqui o meu primeiro passeio de soutrama: saí do hospital hoje e Liliane (médica recém formada que também faz estágio lá) me convidou para acompanhá-la em uma entrevista de um possível emprego, já que era em uma organização que trabalha com os objetivos do milênio e consequentemente, saúde materna. Ela é sempre tão gentil comigo (como a maioria das pessoas daqui), que foi impossível negar. Então, lá vai Carol em um típico passeio maliense. Sim, soutrama, pour quoi non???????? E vamos lá, calor, aperto, espera (porque eles param em um ponto e esperam o tempo que querem para ver se superlota mesmo), com direito a comprar água de saquinho (que só hoje descobri que ela não é filtrada) e umas goiabas que outra mulher que entrou acabou nos vendendo. Primeira parada foi em uma grande feira livre, porque tínhamos que trocar de soutrama, afinal as linhas não são tão completas assim...- Liliane, não seria melhor um táxi a partir de agora? Depois desisti, e me entreguei a esta cultura que ainda tento a cada dia descobrir, afinal estou no Mali! Apesar de que acabo vivendo um pouco imersa na cultura americana também (contei dos ensaios de um coral com músicas em latim para o período do natal????).

Eu e Liliane no soutrama
O encontro na ONG acabou sendo bem interessante (tanto quanto ou mais que o soutrama), mas este assunto fica para o próximo post..

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