E chega a temida hora de fazer as malas... Fiquei me perguntando se conseguiria manter a idéia e o projeto vivo após a minha volta para casa... Um último encontro com as mães do grupo de Kati me fez perder um pouco a vontade de ir embora. Muito bom ouvir que mesmo o projeto que na minha opiniao poderia ter sido mais, fez diferença na vida delas... Ainda faltam alguns bebês para nascer e como eu queria ainda participar destes momentos...
Em um almoço com Coumba e Violet que foram os meus braços direito e esquerdo aqui, fizemos uma avaliaçao da temporada no Mali. Confesso que até aquele momento, ainda não tinha noçao de alguns aspectos do significado do projeto para o Mali... Quando Violet comentou de como a minha idéia (de trabalhar com as adolescentes de aldeias com gravidez nao planejada) era inovadora para os conceitos do Mali, fiquei bem pensativa. E lá vieram histórias contadas de como para elas realmente significa o fim da vida. Rejeitadas pelas famílias e excluídas socialmente de todas as formas, não fica difícil entender o porque do número alto de infanticidios, abandono de crianças e a morte de alguns bebês para quem insistiu em recebe-los...Em locais em que a sobrevivencia é dificil, por condiçoes geograficas e economicas, a falta de apoio para uma criança que se torna mãe pode ter finais bem mais trágicos do que nos permite a nossa imaginaçao alienada. Fiquei com lágrimas nos olhos quando Violet contou uam história de uma aldeia em que os proprios moradores dizem que os filhos de meninas nao casadas não podem nascer nem voltar para o vilrejo, que é morte na certa, lembrando que o " Arte de Nascer" no Mali, foi a primeira iniciativa que ela conhece por aqui depois de 30 anos trabalhando com organizaçoes sociais neste país...
A conversa gerou mais e mais idéias. Definitivamente não posso deixar que o projeto se perca em meio a preconceitos culturais! Decidimos tentar organizar uma rede de voluntários (provavelmente universitários ingleses que passam uma temporada no Mali em trabalhos sociais) para continuar realizando o Arte de Nascer com a ASDAP, que foi a organizaçao que abriu as portas para a idéia. Pensamos em aplicar a metodologia em uma universidade que forma midwifes (profissionais que realizam a maioria dos partos no Mali), para que se mude a forma de olhar para as gestantes na localidade...E por aí vai!!!! :)
Continuei as malas com o coração tranquilo...No fundo, sinto que a jornada na Africa está apenas começando. O fim de um ciclo pode apenas significar o início de outro! E talvez bem maior.
Em um almoço com Coumba e Violet que foram os meus braços direito e esquerdo aqui, fizemos uma avaliaçao da temporada no Mali. Confesso que até aquele momento, ainda não tinha noçao de alguns aspectos do significado do projeto para o Mali... Quando Violet comentou de como a minha idéia (de trabalhar com as adolescentes de aldeias com gravidez nao planejada) era inovadora para os conceitos do Mali, fiquei bem pensativa. E lá vieram histórias contadas de como para elas realmente significa o fim da vida. Rejeitadas pelas famílias e excluídas socialmente de todas as formas, não fica difícil entender o porque do número alto de infanticidios, abandono de crianças e a morte de alguns bebês para quem insistiu em recebe-los...Em locais em que a sobrevivencia é dificil, por condiçoes geograficas e economicas, a falta de apoio para uma criança que se torna mãe pode ter finais bem mais trágicos do que nos permite a nossa imaginaçao alienada. Fiquei com lágrimas nos olhos quando Violet contou uam história de uma aldeia em que os proprios moradores dizem que os filhos de meninas nao casadas não podem nascer nem voltar para o vilrejo, que é morte na certa, lembrando que o " Arte de Nascer" no Mali, foi a primeira iniciativa que ela conhece por aqui depois de 30 anos trabalhando com organizaçoes sociais neste país...
A conversa gerou mais e mais idéias. Definitivamente não posso deixar que o projeto se perca em meio a preconceitos culturais! Decidimos tentar organizar uma rede de voluntários (provavelmente universitários ingleses que passam uma temporada no Mali em trabalhos sociais) para continuar realizando o Arte de Nascer com a ASDAP, que foi a organizaçao que abriu as portas para a idéia. Pensamos em aplicar a metodologia em uma universidade que forma midwifes (profissionais que realizam a maioria dos partos no Mali), para que se mude a forma de olhar para as gestantes na localidade...E por aí vai!!!! :)
Continuei as malas com o coração tranquilo...No fundo, sinto que a jornada na Africa está apenas começando. O fim de um ciclo pode apenas significar o início de outro! E talvez bem maior.
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