Bem, estava demorando para me recuperar da viagem de ônibus até Koutila. Claro que quando decidimos vir para África, ainda mais para um país tão pobre quanto o Mali, sabemos que muitas serão as dificuldades materiais. Mas a viagem de ônibus marcou! Já me acostumei com as ovelhas aqui da rua, com o tal do transporte público ( o soutrama) que já tenho pego algumas vezes, e por aí vai. Então lá fui eu para a rodoviária, e claro que já foi o primeiro choque, sem nenhuma estrutura e higiene. Dificil encontrar alguem que fala frances para pedir uma informaçao, ainda mais as 6 da manhã. Ahhh,o primeiro ônibus parou, ufaaaaa só pode ser o meu, e é novinho, bem que falaram que esta empresa era a melhor! Hora de subir:
" Non, madame"! E fui procurar o outro ônibus, e quando vi já foi o frio na barriga. Uma confusão para botar as bagagens no bagageiro do ônibus (chamou a atenção um homem que transportava uma moto e outro uma bacia com muitos, mas muitos peixes fritos) e outra para subir. Não tem cadeira marcada, eles vão chamando o nome de acordo com a ordem de compra, e quem sobe primeiro escolhe a cadeira. Claro que acabei fazendo uma péssima escolha, " coisas que só acontecem na vida de Carol"...
Do lado do sol, até aí tudo bem, decidi viajar cedinho para ser mais fresco, aí descobri que as janelas não abriam!!!!! Como assim????? Sem ar condicionado, logicamente. O meu vizinho de poltrona tentou conversar no dialeto, se enturmar comigo, e fui logo respondendo que nao falava bambara, somente frances.Ele insistiu, e após a meia hora de atraso do ônibus para conseguiur guardar as bagagens ainda estava tentando me dizer algo. Melhor olhar para o outro lado, quem sabe ele para. Opssss, a janela estava tão suja, que nao podia ver nada através do vidro, a viagem prometia. Não deve ser tão ruim assim, já peguei muitos ônibus no sertão do nordeste, a caminho de Caicó, também era quente, as vezes os ônibus velhos e também paravam muito... O desespero começou quando após uma hora e meia ainda não tinhamos conseguido nem sair da capital. E foi ficando quente, mais quente, mais, mais, mais...Já enfrentei calor, mas juro, acho que fazia uns 50 graus dentro do ônibus trancado. Quando ele começou a parar na estrada, ao abir as portas, uma nuvem grande de poeira entrava junto com um pouco de ar, e tornava difícil até respirar.
Bem,como o objetivo do blog não é de divulgar momentos difíceis no Mali, em resumo= viagem de 300 Km em 7 horas e 20 minutos + desidratação+ enxaqueca+ saudade enorme do mar
Na volta consegui uma carona com uns missionários americanos que trabalham em um hospital materno infantil em Koutiala, vim agradecendo o caminho inteiro por ter me livrado do ônibus na volta. O mais engraçado (que agora é, mas no momento não foi) foi que na volta percebi que a maioria dos ônibus na volta eram de uma empresa que chamava SANGUE. Não sei o que significa no dialeto, mas na minha opinião bem apropriado ao serviço que oferece...
Ahh, e continuando, o que me ajudou na recuperaçao da viagem de ônibus no próximo post!
" Non, madame"! E fui procurar o outro ônibus, e quando vi já foi o frio na barriga. Uma confusão para botar as bagagens no bagageiro do ônibus (chamou a atenção um homem que transportava uma moto e outro uma bacia com muitos, mas muitos peixes fritos) e outra para subir. Não tem cadeira marcada, eles vão chamando o nome de acordo com a ordem de compra, e quem sobe primeiro escolhe a cadeira. Claro que acabei fazendo uma péssima escolha, " coisas que só acontecem na vida de Carol"...
Do lado do sol, até aí tudo bem, decidi viajar cedinho para ser mais fresco, aí descobri que as janelas não abriam!!!!! Como assim????? Sem ar condicionado, logicamente. O meu vizinho de poltrona tentou conversar no dialeto, se enturmar comigo, e fui logo respondendo que nao falava bambara, somente frances.Ele insistiu, e após a meia hora de atraso do ônibus para conseguiur guardar as bagagens ainda estava tentando me dizer algo. Melhor olhar para o outro lado, quem sabe ele para. Opssss, a janela estava tão suja, que nao podia ver nada através do vidro, a viagem prometia. Não deve ser tão ruim assim, já peguei muitos ônibus no sertão do nordeste, a caminho de Caicó, também era quente, as vezes os ônibus velhos e também paravam muito... O desespero começou quando após uma hora e meia ainda não tinhamos conseguido nem sair da capital. E foi ficando quente, mais quente, mais, mais, mais...Já enfrentei calor, mas juro, acho que fazia uns 50 graus dentro do ônibus trancado. Quando ele começou a parar na estrada, ao abir as portas, uma nuvem grande de poeira entrava junto com um pouco de ar, e tornava difícil até respirar.
Bem,como o objetivo do blog não é de divulgar momentos difíceis no Mali, em resumo= viagem de 300 Km em 7 horas e 20 minutos + desidratação+ enxaqueca+ saudade enorme do mar
Na volta consegui uma carona com uns missionários americanos que trabalham em um hospital materno infantil em Koutiala, vim agradecendo o caminho inteiro por ter me livrado do ônibus na volta. O mais engraçado (que agora é, mas no momento não foi) foi que na volta percebi que a maioria dos ônibus na volta eram de uma empresa que chamava SANGUE. Não sei o que significa no dialeto, mas na minha opinião bem apropriado ao serviço que oferece...
Ahh, e continuando, o que me ajudou na recuperaçao da viagem de ônibus no próximo post!
Onibus da empresa Sangue |
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